Com o avanço da idade é bastante comum o aparecimento de dificuldades auditivas, decorrentes do processo natural de envelhecimento. O déficit auditivo, desencadeado por esta condição, frequentemente se manifesta de maneira gradual e por este motivo, muitas vezes, tem sua presença negligenciado e seu diagnóstico retardado.
Dificuldades na captação dos sons, assim como na discriminação e na compreensão dos mesmos são possíveis indícios de que algo não vai bem com a capacidade auditiva do indivíduo.
Entretanto, estes não são os únicos sinais!
A pessoa frequentemente pode tornar-se deprimida e desinteressada pelas atividades que sempre realizou. A falta de confiança em si mesma e o medo de cometer equívocos, principalmente relacionados à comunicação levam ao sentimento de insegurança e baixa estima.
Na tentativa de fugir de situações desagradáveis é comum alguns idosos fingirem que estão ouvindo, quando na verdade não estão. Os familiares, quando não cientes da presença de uma perda auditiva e das implicações desta na vida do indivíduo, tendem a descrevê-lo como confuso, desorientado, distraído, calado, não colaborador e zangado. Então, prejuízos nas funções de memória, linguagem, atenção e concentração podem ter relação com a perda auditiva, trazendo decréscimos consideráveis na qualidade de vida das pessoas idosas.
Aparelhos Auditivos: uma nova oportunidade
Uma forma de minimizar os efeitos negativos da perda auditiva é a utilização de aparelhos auditivos. Recursos tecnológicos cada vez mais comuns e aceitos nos dias de hoje. Trata-se de equipamentos personalizados que adaptam- se a diferentes estilos de vida. Trazem o idoso de volta ao mundo da comunicação, contribuindo para a boa qualidade de vida, seu bem-estar físico, mental e social. Estratégias comunicativas e orientação familiar podem contribuir para o processo de reinserção do indivíduo às situações de comunicação.
Bons argumentos
- Aparelhos auditivos podem propiciar a participação efetiva nas mais diversas situações cotidianas;
- Aparelhos auditivos modernos são pequenos e confortáveis de usar;
- Eles podem promover a reconquista da independência;
- Aparelhos auditivos não “curam” a incapacidade auditiva, mas promovem a superação das limitações impostas por tal.